Tomar anticoncepcional na gravidez causa aborto?

Atualizado em julho 2022

O uso de anticoncepcionais orais ou injetáveis no início da gravidez geralmente não prejudica o desenvolvimento do bebê, por isso, se a mulher ainda estava usando o anticoncepcional durante as primeiras semanas de gestação, quando ainda não sabia que estava grávida, deve apenas avisar o médico e não voltar a usar o anticoncepcional até o final da gravidez. 

Tomar o anticoncepcional durante a gravidez também normalmente não causa aborto, mas se a mulher estava usando uma pílula ao engravidar que possui apenas progestágenos, comumente chamada de mini pílula, há um risco maior de gravidez ectópica, um tipo de gestação que se desenvolve nas trompas de Falópio. Esta é uma situação grave, que requer tratamento imediato e que pode colocar em risco a vida da mãe e do bebê. Saiba como reconhecer e quais são as causas da gravidez ectópica.

Imagem ilustrativa número 1

O que pode acontecer com o bebê

O uso de anticoncepcionais orais ou a injeção de anticoncepcional somente nas primeiras semanas de gestação, no período em que ainda não se sabe da gravidez, geralmente não apresenta riscos para o bebê. No entanto, embora seja pouco provável, existem suspeitas de que o bebê possa nascer com baixo peso, prematuro ou com malformações como gastrosquise e síndrome do coração esquerdo hipoplásico.

Já, o uso prolongado do anticoncepcional, tanto o oral quanto a injeção, durante a gravidez pode ser prejudicial porque os hormônios presentes nestes medicamentos, que são estrogênio e progesterona, também podem afetar a formação dos órgãos sexuais do bebê e causar defeitos no trato urinário, no entanto estas alterações raramente acontecem.

De qualquer forma, é importante que o ginecologista e o obstetra sejam consultados para que seja feita a avaliação do estado geral de saúde da mulher e se há algum efeito do uso do anticoncepcional no desenvolvimento do bebê.

O que fazer se desconfiar que está grávida

Se a mulher suspeita que possa estar grávida, deve parar imediatamente o uso do anticoncepcional e fazer um teste de gravidez, que se pode comprar na farmácia. Se a gravidez for confirmada, a mulher deverá iniciar as consultas de pré-natal, e se não estiver grávida poderá usar outro método de proteção à gravidez indesejada, como a camisinha, e depois da descida da menstruação poderá iniciar uma nova cartela da pílula.

Se não tiver interrompido a cartela antes de verificar que não está grávida, poderá continuar tomando as pílulas normalmente.

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