6 anticoncepcionais para quem amamenta

Atualizado em novembro 2023

Após o parto, algumas opções de anticoncepcionais para utilizar durante a amamentação são tomar a pílula anticoncepcional contendo somente progesterona, colocar um DIU ou usar a camisinha em todas as relações, de forma a prevenir uma gravidez indesejada e permitir que o corpo se recupere totalmente da gravidez anterior, especialmente nos 6 primeiros meses.

Durante o período de amamentação, deve-se evitar utilizar anticoncepcionais hormonais combinados contendo estrógeno além da progesterona porque o componente estrogênico pode prejudicar a quantidade e qualidade do leite materno, ao suprimir a produção de prolactina, que é um hormônio responsável pela produção do leite.

É importante que a mulher consulte o ginecologista para que seja avaliada e indicado o anticoncepcional durante a amamentação de forma individualizada e que sejam seguros para a mulher e o bebê.

Imagem ilustrativa número 1

Como usar o anticoncepcional na amamentação

O modo de uso do anticoncepcional durante a amamentação depende do método indicado pelo médico e inclui:

1. Pílula

A pílula anticoncepcional mais indicada durante a amamentação é a que contém apenas progesterona na sua composição, que é conhecida como minipílula.

Geralmente, o início do uso da minipílula depende do tipo de hormônio indicado pelo médico, podendo ser:

  • Desogestrel (Cerazette, Nactali): este anticoncepcional pode ser iniciado entre o 21º e o 28º dia após o parto, tomando um comprimido por dia sempre no mesmo horário. Durante os primeiros 7 dias, deve ser usado um método de barreira adicional, como a camisinha, para evitar uma gravidez indesejada;
  • Linestrenol (Exluton): este anticoncepcional pode ser iniciado entre o 21º e o 28º dia após o parto, tomando um comprimido por dia sempre no mesmo horário. Durante os primeiros 7 dias, deve ser usado um método de barreira adicional, como a camisinha, para evitar uma gravidez indesejada;
  • Noretisterona (Micronor): este anticoncepcional só pode ser iniciado a partir da 6ª semana após o parto, tomando um comprimido por dia sempre no mesmo horário. No caso da mulher que faz o amamentamento misto, ou seja, que além do leite materno dá fórmulas ao bebê, o uso da noretisterona, pode ser iniciado 3 semanas após o parto, conforme orientação médica.

É importante tomar a pílula sempre no mesmo horário todos os dias e no caso de atraso ou esquecimento de uma dose, deve-se utilizar um método de barreira, como a camisinha, por exemplo.

O uso da pílula deve sempre ser feito com indicação e orientação médica.

2. Implante subcutâneo

O implante subcutâneo de progesterona, conhecido como Implanon, é um pequeno bastão inserido sob a pele, que libera gradualmente a quantidade de hormônio diária necessária para inibir a ovulação. Como contém apenas progesterona em sua composição, ele pode ser usado com segurança por mulheres que amamentam.

O Implanon pode ser inserido a partir da 4ª semana após o parto. Durante os primeiros 7 dias, deve ser usado preservativo, para evitar uma gravidez indesejada.

A aplicação do implante é feita pelo ginecologista, com anestesia local, em um procedimento de poucos minutos, na região do braço, onde pode permanecer por até 3 anos, mas pode ser removido a qualquer momento que a mulher desejar.

3. DIU

O DIU, ou dispositivo intrauterino, é um método contraceptivo muito eficaz e prático, pois não há necessidade de lembrar quando usar.

Existem dois tipos diferentes de DIU que podem ser usados na amamentação:

  • Levonorgestrel (Mirena): o DIU pode começar a ser usado a partir da 6ª semana após o parto, conforme indicação do médico;
  • DIU de cobre (Multiload): o DIU de cobre pode ser colocado imediatamente após o parto, ou a partir da 6ª semana após o parto normal, ou a partir da 12º semana após uma cesariana.

O DIU só pode ser colocado pelo ginecologista, no consultório ou no hospital, e seu efeito anticoncepcional pode durar até 10 anos, no caso do DIU de cobre, e cerca de 5 anos, no caso do DIU hormonal. Esses dispositivos podem ser retirados a qualquer momento, pelo médico, quando a mulher desejar. Saiba mais sobre estes dois tipos de DIU.

4. Diafragma

O diafragma é um pequeno anel flexível, feito de látex ou silicone, que pode ser colocado pela mulher antes do contato íntimo, impedindo que os espermatozoides cheguem ao útero.

Este método não protege contra doenças sexualmente transmissíveis, e para impedir a gravidez, só pode ser retirado entre 8 a 24 horas após a relação.

5. Preservativo

O uso de camisinha, masculina ou feminina, é uma boa alternativa para mulheres que não querem utilizar hormônios, que, além de prevenir a gravidez, também protege a mulher contra doenças.

É um método seguro e eficaz, mas é importante avaliar a validade do preservativo e que seja de uma marca aprovada pelo INMETRO, que é o órgão que fiscaliza a qualidade do produto. Veja os outros erros que podem ser cometidos na hora de usar a camisinha masculina.

6. Anticoncepcional injetável

A injeção anticoncepcional, chamada Depo-Provera, contém o acetato de medroxiprogesterona, um tipo de progesterona, que serve para evitar a gravidez indesejada durante a amamentação.

Essa injeção pode ser usada a partir da 6ª semana após o parto, aplicada por um profissional de saúde, e com indicação médica.

A amamentação funciona como método anticoncepcional?

Em alguns casos, a amamentação pode funcionar como método anticoncepcional, se o bebê estiver em aleitamento materno exclusivo, sem ingerir nenhum outro tipo de alimento ou mamadeira. Isso pode acontecer porque quando o bebê mama várias vezes ao dia, com frequência e muita intensidade de sucção, o organismo da mulher pode não liberar os hormônios necessários para a maturação de um novo óvulo, para que ocorra ovulação e/ou para que se deem as condições favoráveis para uma gravidez.

No entanto, isso não significa que a mulher não possa engravidar e, por isso, os médicos não indicam a amamentação como método anticoncepcional.

Métodos contraceptivos naturais

Os métodos contraceptivos conhecidos como naturais, como o coito interrompido, método da tabelinha ou controle de temperatura não devem ser utilizados, pois são muito pouco eficazes e podem gerar uma gravidez indesejada. Em caso de dúvida, deve-se conversar com o ginecologista para adequar o melhor método às necessidades de cada mulher, evitando, assim, uma gravidez indesejada.

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