Alucinação: o que é, tipos, causas e tratamento

Atualizado em março 2024

A alucinação é uma alteração da percepção em que um ou mais sentidos estão confusos, podendo causar a sensação de se ouvir, ver, tocar, cheirar ou provar algo sem que exista um estímulo real.

Esta alteração pode ser causada por desidratação, febre alta, efeito colateral de medicamentos, consumo de drogas ilícitas e problemas neurológicos ou psiquiátricos como a esquizofrenia, por exemplo. Além disso, é mais frequente em crianças ou idosos.

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Em caso de suspeita de alucinações, principalmente se frequentes ou associadas a outros sintomas, é recomendado consultar um psiquiatra. O tratamento depende da sua causa e pode envolver o uso de medicamentos antipsicóticos e psicoterapia em alguns casos.

Imagem ilustrativa número 1

Principais sinais

O principal sinal de uma alucinação é a sensação de ver, ouvir ou sentir algo que não é real ou sem explicação e a maioria das pessoas é capaz de estranhar aquilo que estão percebendo pelos seus sentidos.

No entanto, nem sempre a pessoa que apresenta alucinações tem noção de que as suas experiências não são reais e, especialmente nestes casos, a alucinação pode indicar uma psicose, que é a perda de contato com a realidade. Entenda melhor o que é psicose e os seus sintomas.

Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico de alucinação normalmente é feito pelo psiquiatra ou clínico geral levando em consideração apenas as características dos sintomas e histórico de saúde da pessoa.

Caso deseje marcar uma consulta, é possível encontrar o psiquiatra mais próximo de você utilizando a ferramenta abaixo: 

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No entanto, é comum o médico indicar exames, como o eletroencefalograma, exame de urina ou dosagem de minerais no sangue, para descartar as causas mais frequentes de alucinação antes de se pensar em problemas psiquiátricos.

Tipos de alucinação

Os tipos de alucinações mais comuns são:

  • Alucinações auditivas: é o tipo mais comum de alucinação e alguns exemplos incluem ouvir sons como passos, música ou vozes quando se está sozinho;
  • Alucinações visuais: é uma alucinação frequente em caso de paralisia do sono ou abstinência grave ao álcool, por exemplo, sendo caracterizada por ver objetos, pessoas, animais, luzes ou formas que não são reais;
  • Alucinações olfativas: também chamada de fantosmia, é caracterizada por sentir cheiros sem uma explicação aparente e sem que ninguém mais os sinta.
  • Alucinações táteis: são alucinações que envolvem sentir algo tocar ou se movimentar no corpo, como o toque de uma mão ou movimento de insetos andando embaixo da pele ou dentro da barriga.

Além disso, nos casos em que a alucinação acontece quando a pessoa está adormecendo, ela também pode ser classificada como alucinação hipnagógica. Já quando associadas ao despertar, é conhecida como alucinação hipnopômpica, por exemplo. 

Possíveis causas

As principais causas de alucinação são:

  • Situações de estresse intenso;
  • Desidratação, febre alta, privação de sono ou diminuição da oxigenação do sangue;
  • Uso de drogas ilícitas, como LSD, maconha, cocaína ou ecstasy;
  • Efeito colateral de alguns medicamentos, como morfina ou Zolpidem; 
  • Problemas neurológicos, como epilepsia, AVC, doença de Parkinson ou demência;
  • Transtornos psiquiátricos, como esquizofrenia;
  • Tumor cerebral.

As alucinações normalmente são provocadas por anormalidades no funcionamento cerebral e são mais comuns em pessoas idosas ou crianças, ao adormecer ou despertar do sono e em caso de luto, infecções ou problemas psiquiátricos como depressão ou ansiedade, por exemplo. 

Como é feito o tratamento

O tratamento das alucinações deve ser específico para a sua causa, podendo envolver o uso de soro diretamente na veia, em caso de desidratação, oxigênio, se os níveis estiverem baixos no sangue, ou medicamentos como antibióticos e antitérmicos para tratar infecções e baixar a febre, por exemplo.

No entanto, para tratar as alucinações associadas a problemas psiquiátricos ou neurológicos, é importante fazer o seu tratamento de acordo com as orientações do médico, podendo ser indicado o uso de medicamentos antipsicóticos e/ou sessões de psicoterapia para controlar os sintomas em alguns casos.

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Além disso, em caso de alucinações associadas aos efeitos colaterais de medicamentos, o médico pode também indicar a sua troca ou suspensão, sendo importante evitar o uso de medicamentos sem orientação médica. 

O que fazer em caso de alucinações

Em caso de alucinações, a pessoa deve tentar manter a calma e se concentrar em encontrar explicações ou pistas ao seu redor que indiquem que aquilo que está percebendo não é real.

Além disso, não deve fazer nada que possa colocar a si mesmo ou outras pessoas em risco, sendo recomendado buscar ajuda de alguém próximo e/ou procurar ajuda médica, especialmente caso a alucinação demore a passar.