Glutamato monossódico (Ajinomoto) faz mal?

Atualizado em setembro 2023
Evidência científica

O glutamato monossódico, conhecido também pelo nome comercial "Ajinomoto", é um composto formado quando se junta o glutamato com o sódio, sendo muito usado pela indústria para intensificar o sabor dos alimentos, como carnes processadas, vegetais enlatados, molho de soja, bolachas e temperos prontos.

Além disso, o glutamato monossódico também é encontrado naturalmente em alguns alimentos, como queijos, tomate, cogumelos, algas marinhas e carnes, oferecendo o sabor umami, um sabor que dura mais tempo na boca, estimula a produção de saliva e promove a sensação de prazer ao comer. Veja outros alimentos com sabor umami.

O glutamato monossódico é considerado seguro pela Anvisa e pelo FDA, o órgão que regulamenta os alimentos nos Estados Unidos. No entanto, acredita-se que o consumo glutamato monossódico pode causar sintomas leves em algumas pessoas, como dor de cabeça, sono, urticária e aumento da pressão arterial.

Imagem ilustrativa número 1

O glutamato monossódico faz mal?

Acredita-se que o glutamato monossódico pode causar alguns sintomas, incluindo:

  • Dor de cabeça e enxaqueca;
  • Urticária, rinite e asma;
  • Ganho de peso;
  • Aumento da pressão arterial;
  • Sono.

Além disso, acredita-se que o glutamato monossódico também pode causar a síndrome do restaurante chinês, uma doença que pode surgir em pessoas sensíveis ao glutamato monossódico, causando náusea, sudorese, urticária, cansaço, dor de cabeça, entre outros.

No entanto ainda não é possível comprovar a relação do consumo do glutamato monossódico com o surgimento desses sintomas. Isso porque a maioria desses sintomas surgiu em estudos que usaram doses muito elevadas desse aditivo, o que não é possível alcançar através de uma alimentação equilibrada.

Possíveis benefícios

O glutamato monossódico realça o sabor dos alimentos, ajudando a diminuir a ingestão de sal, o que pode favorecer o controle da pressão arterial. Veja outras dicas para controlar a pressão arterial.

O glutamato monossódico também pode ser usado para melhorar a aceitação dos alimentos por idosos. Isso porque o paladar e o olfato estão reduzidos nessa idade, podendo diminuir a vontade de comer e causar a perda de peso. Além de também poder ser benéfico para pessoas com baixa produção de saliva, facilitando a mastigação e a deglutição.

Alimentos ricos em glutamato de monossódico

A tabela a seguir indica os alimentos que contêm glutamato monossódico, indicando a quantidade para cada 100g de alimento:

Alimento

Quantidade (mg) em 100 g de cada alimento

Leite de vaca

2 mg

Leite materno

22 mg

Queijo parmesão

1200 mg

Ovo

23 mg

Carne bovina

33 mg

Frango

44 mg

Salmão

20 mg

Amêndoa

45 mg

Milho

130 mg

Cenoura

33 mg

Cebola

51 mg

Cogumelo shitake

71 mg

Tomate

140 mg

Abacate

18 mg

Maçã

4 mg

Noz

757 mg

Além dos alimentos naturais, o glutamato monossódico também está presente em alimentos industrializados, como salgadinhos de pacote, bacon, linguiça, molho de soja, mostarda, molhos prontos para salada, temperos prontos, refeições congeladas e bolachas.

Quantidade recomendada

No Brasil ainda não existe uma quantidade máxima recomendada sobre a ingestão de glutamato monossódico por dia e sobre a adição desse ingrediente adicionado aos alimentos industrializados.

Já na Europa, a quantidade máxima recomendada é de 30 mg / kg de peso corporal de glutamato monossódico por dia. Por isso, uma pessoa com 65 Kg deve consumir o máximo de 1,95 g de glutamato monossódico por dia, por exemplo. Além disso, esse órgão também estipula a adição máxima de 10g de glutamato monossódico por cada kg dos alimentos industrializados.

Como consumir de forma segura

O glutamato monossódico pode ser adicionado em pequenas quantidades em preparações caseiras, sendo importante evitar o consumo juntamente com o sal, para evitar o excesso de sódio nas refeições.

Além disso, é importante evitar o consumo de alimentos industrializados com glutamato monossódico, como temperos prontos, biscoitos e refeições congeladas, pois esses produtos geralmente têm outros ingredientes que são prejudiciais à saúde, como açúcar, gordura saturada e trans.

Veja com a nutricionista Tatiana Zanin outras dicas para realçar naturalmente o sabor dos alimentos:

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