Listeriose (listeria): o que é, sintomas, transmissão e tratamento

Atualizado em maio 2024

A listeriose é uma doença infecciosa pela bactéria Listeria monocytogenes, que pode ser encontrada no solo, lodo e água. Essa bactéria pode ser transmitida através do consumo de água e alimentos contaminados, como leite não pasteurizado, queijos, verduras, frutos do mar e salsicha.

Na maioria dos casos, a listeriose não causa sintomas, porém recém-nascidos, mulheres grávidas, pessoas com mais de 45 anos e que possuem o sistema imunológico mais comprometido podem apresentar dor muscular, febre alta, vômitos e diarreia, por exemplo.

Para evitar o contágio por essa bactéria é importante lavar as mãos corretamente antes de manipular os alimentos ou consumir qualquer alimento. Além disso, na presença de sintomas sugestivos de listeriose, é recomendado consultar o clínico geral, gastroenterologista ou infectologista para que seja feita uma avaliação e seja iniciado o tratamento mais adequado.

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Sintomas de listeriose

Os principais sintomas de listeriose são:

  • Diarreia;
  • Mal estar;
  • Náuseas e vômitos;
  • Dores musculares;
  • Febre alta, superior a 38ºC;
  • Dor de cabeça;
  • Perda de apetite;
  • Confusão mental;
  • Cansaço.

Os sintomas gastrointestinais da listeriose podem surgir até 24 horas após o consumo do alimento ou água contaminados, podendo durar entre 2 a 3 dias.

Em casos mais graves e raros, a Listeria monocytogenes pode se espalhar pela corrente sanguínea e chegar no sistema nervoso, onde pode provocar meningite, que é uma inflamação nas membranas que envolvem o cérebro. Além disso, a infecção nas gestantes pode ser grave e resultar em morte do bebê, parto prematuro ou infecção no momento do parto.

Como é feito o diagnóstico

O diagnóstico da listeriose é feito pelo clínico geral, infectologista ou gastroenterologista inicialmente por meio da avaliação dos sinais e sintomas apresentados pela pessoa.

Para confirmar a infecção, o médico pode indicar a realização de exames de sangue e a pesquisa da bactéria das fezes, lavado gástrico, placenta ou líquido amniótico, no caso das grávidas, além de também ser feita uma análise dos alimentos que acredita-se ser fonte da infecção.

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Como acontece a transmissão

A transmissão da a Listeria monocytogenes acontece principalmente a partir do consumo de água e alimentos contaminados, como por exemplo leite não pasteurizado, derivados do leite, frutas, verduras, legumes, carnes, peixes, frutos do mar defumados e congelados, e embutidos, como a salsicha.

Essa bactéria é resistente a todas as etapas do processamento e manipulação de alimentos e, por isso, pode ser encontrado em pequenas concentrações em alimentos devidamente processados. No entanto, a presença da bactéria no alimento não necessariamente é capaz de causar doença, a não ser que as condições de armazenamento não sejam respeitadas, podendo favorecer a proliferação da bactéria.

Leia também: Como guardar os alimentos na geladeira para não estragartuasaude.com/como-evitar-a-contaminacao-dos-alimentos-na-geladeira

Tratamento da listeriose

O tratamento da listeriose é feito com o uso de antibióticos, sendo normalmente recomendado pelo médico o uso de Penicilina ou Ampicilina associada a Aminoglicosídeos, como a Gentamicina. Em caso de alergia a Penicilina, o médico pode indicar como alternativa o uso de Sulfametoxazol-Trimetoprim, também conhecido como Bactrim.

Além disso, no caso da pessoa apresentar vômitos e diarreia, é importante que beba bastante água e faça uso de soro caseiro, pois assim é possível prevenir a desidratação, além de também ser importante ter uma alimentação leve e de fácil digestão.

Como prevenir

Para evitar a contaminação pela Listeria monocytogenes e, consequentemente, o desenvolvimento da listeriose, é importante adotar algumas medidas de higiene, como:

  • Lavar as mãos antes das refeições;
  • Lavar bem os alimentos como frutas, legumes e verduras antes de comer;
  • Armazenar corretamente a comida;
  • Manter a geladeira limpa;
  • Evitar o consumo de alimentos não pasteurizados.

Além disso, para evitar novos casos de listeriose, é importante comunicar à vigilância sanitária o caso para que seja possível realizar uma investigação do ponto inicial da infecção e, assim, ser possível implantar medidas de prevenção mais eficazes.