Isossorbida: para que serve e como usar

Atualizado em maio 2024

Isossorbida é um vasodilatador indicado para o tratamento da insuficiência coronariana ou angina pectoris, pois age dilatando os vasos sanguíneos, melhorando o fluxo de sangue e diminuindo a dor no peito.

Esse remédio pode ser encontrado como dinitrato de isossorbida ou mononitrato de isossorbida, na forma de comprimidos simples de 20 mg e 40 mg, ou comprimido sublingual de 5 mg ou 10 mg, como genérico ou com os nomes comerciais Isordil ou Monocordil.

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A isossorbida deve ser usada somente com indicação do cardiologista, com doses e pelo tempo de tratamento recomendado pelo médico.

Imagem ilustrativa número 1

Para que serve

A isossorbida é indicada para:

  • Prevenir a dor isquêmica cardíaca associada à insuficiência coronariana;
  • Reduzir a frequência, duração e intensidade das crises de angina;
  • Tratar de angina pectoris;
  • Prevenir angina pectoris causada por estresse físico ou emocional;
  • Tratar e prevenir a angina de esforço, angina de repouso e angina pós-infarto.

Além disso, a isossorbida pode ser indicada para o tratamento de ataque ou manutenção da insuficiência cardíaca aguda ou crônica, usado em associação com outros remédios como cardiotônicos, diuréticos ou anti-hipertensivos.

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Onde age a isossorbida?

A isossorbida age na musculatura lisa dos vasos sanguíneos promovendo sua dilatação, facilitando o fluxo sanguíneo, reduzindo o esforço do coração e melhorando o bombeamento do de sangue pelo coração.

Além disso, a isossorbida relaxa a musculatura lisa dos brônquios pulmonares, reduzindo a resistência vascular e a pressão pulmonar, além de também relaxar a musculatura lisa biliar, gastrintestinal, uretral e uterina.

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Os efeitos dos comprimidos sublinguais de isossorbida iniciam-se cerca de 2 a 5 minutos após sua administração, mantendo o efeito por cerca de 1 a 2 horas.

Já os comprimidos simples tomados por via oral, tem seu efeito dentro de 20 a 60 minutos, e mantém-se por 4 a 6 horas.

Como usar

A forma de uso da isossorbida varia de acordo com sua apresentação, que inclui:

1. Mononitrato de isossorbida 20 mg e 40 mg

O comprimidos do mononitrato de isossorbida (Monocordil) de 20 mg ou 40 mg deve ser tomado por via oral com um copo de água, sem mastigar.

As doses normalmente recomendadas para insuficiência coronária ou insuficiência cardíaca em adultos é de ½ (meio) a 1 comprimido (10 mg a 40 mg), 2 a 3 vezes por dia, conforme orientação do cardiologista.

2. Dinitrato de isossorbida 5 mg

O dinitrato de isossorbida 5 mg é um comprimido sublingual que deve ser tomado colocando o comprimido debaixo da língua até que seja completamente dissolvido.

As doses normalmente recomendadas do dinitrato de isossorbida sublingual para adultos são:

  • Angina pectoris (dose de ataque): 5 a 10 mg, a cada 2 ou 3 horas, conforme orientação do cardiologista;
  • Prevenção de crises de angina estável crônica: 5 a 10 mg, antes de situações estressantes, que podem provocar uma crise de angina;
  • Insuficiência cardíaca congestiva aguda: 5 a 10 mg, a cada 2 horas, ou conforme orientação médica;
  • Insuficiência cardíaca congestiva crônica: a dose inicial recomendada é de 5 a 10 mg, a cada 2 horas, conforme orientação médica, seguida de doses de manutenção com o comprimido simples por via oral.

Geralmente, o comprimido sublingual de isossorbida é usado no tratamento inicial da angina pectoris ou insuficiência cardíaca aguda ou crônica ou para prevenir crises de angina.

Esse tratamento inicial geralmente é seguido do tratamento de manutenção com o uso dos comprimidos de isossorbida por via oral, conforme orientação do cardiologista.

3. Dinitrato de isossorbida 10 mg

O comprimido simples de dinitrato de isossorbida (Isordil) 10 mg deve ser tomado por via oral com um copo de água, sem mastigar, de preferência com o estômago vazio.

As doses do dinitrato de isossorbida para adultos variam com a condição a ser tratada e inclui:

  • Prevenção de crises de angina estável crônica: 5 a 30 mg, por via oral, 4 vezes ao dia, ou seja, a cada 6 horas;
  • Insuficiência cardíaca congestiva aguda: 10 a 40 mg, 4 vezes ao dia, ou seja, a cada 6 horas;
  • Insuficiência cardíaca congestiva crônica: 20 a 40 mg, 4 vezes ao dia, a cada 6 horas.

Tanto na angina pectoris, como na insuficiência cardíaca congestiva aguda ou crônica, pode ser recomendado o tratamento inicial com os comprimidos sublinguais, seguidos de dose de manutenção com os comprimidos simples.

4. Dinitrato de isossorbida pomada

A pomada de dinitrato de isossorbida a 1% pode ser indicada pelo proctologista para o tratamento da fissura anal.

Isso porque promove o relaxamento da musculatura lisa, facilitando a evacuação e promovendo o alivio dos sintomas.

Essa pomada deve ser manipulada em farmácias de manipulação, com receita médica, e dua aplicação é feita na região anal de 2 a 3 vezes por dia, conforme orientação médica.

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Possíveis efeitos colaterais

Os efeitos colaterais mais comuns da isossorbida são dor de cabeça que pode ser intensa e persistente, podendo ser aliviada com o uso de analgésicos ou redução da dose do medicamento, conforme orientação médica, e geralmente melhora nas duas primeiras semanas de tratamento.

Além disso, podem surgir vertigem, fraqueza, vermelhidão na pele, hipotensão postural, náusea, vômito, insônia, palidez ou sudorese.

Geralmente, esses sintomas podem ser aliviados baixando a cabeça, respirando profundamente ou movimentando os braços e pernas.

Deve-se procurar o pronto socorro mais próximo caso surjam sintomas como piora da angina, tontura com sensação de desmaio, batimentos cardíacos acelerados ou lentos ou palpitação cardíaca.

Quem não deve usar

A isossorbida não deve ser usada por crianças ou por pessoas que tenham alergia à substância ativa ou qualquer outro componente dos comprimidos.

Durante a gravidez ou amamentação, a isossorbida só deve ser usada se indicado pelo médico após avaliar os benefícios do tratamento para a mulher e possíveis riscos para o bebê.

A isossorbida deve ser usada com cautela em pessoas com glaucoma, hipertireoidismo, anemia grave, traumatismo craniano recente e hemorragia severa.

Além disso, a isossorbida também deve ser usada com cautela em pessoas que utilizam remédios bloqueadores dos canais de cálcio ou em uso de sildenafila, ou que apresentem diminuição do volume sanguíneo devido ao uso de diuréticos.

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